Há sentimentos que não se explicam. Que não se verbalizam. Que não se exteriorizam. Estão cá dentro, bem no interior do nosso ser. Há uns que nos corroem, é certo. Mas há outros... Há outros que são bons, bons de mais. Acalmam-nos e enchem-nos de esperança. De esperança num novo amanhã.
Deve ser da época. Desta altura do ano, em que a chuva cai por entre as luzes psicadélicas que enfeitam as ruas. Estas ruas decoradas a rigor, lembrando o Natal e o novo ano que se avizinha. Deve ser destes dias em família, do coração cheio de afecto, da energia positiva que paira no ar.
Este sentimento é tranquilizador. Faz-nos acreditar que melhores dias virão, que está para breve uma grande mudança. Que a vida pode entrar nos eixos. Faz-nos crer que o pior já passou, que chegou a vez de encontrar um rumo. Um rumo certo, sonhado, desejado. Um caminho mais próspero, cheio de luz.
O fim de um ano traz consigo a esperança. A esperança que aquele que está prestes a nascer seja melhor. Acredita-se, sempre, que há-de ser melhor. Que se vai alcançar o que se deseja, o que se ambiciona, o que se sonha. Porque quem acredita, vive melhor. Vive com um coração iluminado, cheio de fé, repleto de paz.
Acreditar que o caminho tortuoso, aquele que se percorre, irá chegar ao fim, é fundamental para se ir mais além. Para se encontrar a paz interior. Para se sentir rejuvenescido. Porque como o sol quente que rasga o horizonte trazendo um novo dia, quem acredita num novo amanhã nasce de novo. Nasce para a vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não se amarrote! Seja educado e tenha bom senso. Faça deste espaço a sua casa, pois se o convidei a entrar, não me deixe mal em ter que o convidar a sair. Obrigado.