terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Luz ao fundo do túnel

A esperança é a última a morrer. É verdade, mas é também a primeira que mata. Mata, principalmente quando o que esperávamos que se concretizasse, afinal, não passava de uma simples miragem. E, aí, mata cá por dentro, corrói os sentidos, acaba com a força que ainda se tinha. Força para lutar, para viver, para vencer.

Há sempre uma luz ao fundo do túnel. De quando em vez, no caminho escuro e tenebroso, surge uma luz. Às vezes forte, outras vezes com pouca intensidade. Mas que nos alimenta a esperança e a vontade. A vontade de sair dessa estrada ao ziguezague, desse local em que caminhamos. Em que definhamos nos nossos obscuros sentimentos. E, essa luz, aparece para trazer de volta a vontade perdida, a vontade roubada, a vontade de lutar pelo que se quer alcançar.

Muitas vezes, mais que aquelas que se desejaria, a luz apaga-se. Porque não se concretizou o desejado ou, pior, porque alguém a apagou. Revela-se que, afinal, tudo foi em vão e volta-se à caminhada. Mas, apesar de difícil, os calos ganhos com o hábito de se pisar esta estrada faz com que tudo seja menos doloroso. Porque, mesmo às escuras, a estrada já não é desconhecida.

O que é importante nestas estradas escuras, nestes túneis, é que, por vezes, se veja a claridade. A claridade sábia de nos trazer à razão, de nos fazer pensar e acreditar. Afinal, nem tudo pode estar perdido. E, fundamentalmente, não nos podemos perder. Não podemos chegar a um beco sem saída. Temos sempre que caminhar em direcção à luz, acreditando que havemos de vencer esta etapa, feitos guerreiros. Porque quem acredita, alcança. E a luz ao fundo do túnel, um dia, há-de surgir. E, finalmente, será alcançável.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não se amarrote! Seja educado e tenha bom senso. Faça deste espaço a sua casa, pois se o convidei a entrar, não me deixe mal em ter que o convidar a sair. Obrigado.